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Tambaú registra umidade do ar menor que do deserto do Saara

07/09/2024

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índice chegou a 7% em alguns horários nesta semana. Ideal é 70%, segundo a OMS.

A cidade de Tambaú (SP) registrou, nesta semana, um índice de umidade do ar alarmante de apenas 7%, valor inferior ao registrado no deserto do Saara, onde a umidade geralmente varia entre 14% e 20%. Com essa queda brusca, os moradores enfrentam um aumento significativo nos casos de problemas respiratórios, agravados pela poluição e pelas queimadas na região.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível ideal de umidade do ar deve estar em torno de 70% para garantir condições de saúde adequadas. No Brasil, 244 municípios tiveram índices de umidade abaixo do recomendado nesta semana, incluindo Tambaú, onde os efeitos do tempo seco têm sido sentidos por toda a população.

Segundo o pesquisador da Embrapa Sudeste, José Ricardo Macedo Pezzopane, a umidade do ar está diretamente relacionada à temperatura ambiente. "Quanto maior a temperatura, mais sentimos a deficiência de umidade. Este inverno, especialmente a partir de julho, registrou temperaturas acima da média devido à baixa frequência de frentes frias na nossa região. Esse quadro foi se agravando, e agora, em setembro, estamos enfrentando dias muito ruins", explicou o especialista.

  Aumento nos casos de problemas respiratórios

Com a combinação de ar seco e poluição, os atendimentos por problemas respiratórios aumentaram drasticamente na cidade. A dona de casa Andrea Marcelino dos Santos, que não possui histórico de doenças respiratórias, relatou estar sofrendo com falta de ar desde a semana passada. Moradora da zona rural, ela foi diretamente afetada pelas queimadas e por uma tempestade de areia. "Tive que ir ao pronto-socorro com minha filha e minhas netas para tomar soro e injeção. Foi muito complicado", disse Andrea.

Ana Lúcia Gomes, outra moradora de Tambaú, descreveu uma situação semelhante. "Tenho sentido tontura, falta de ar e muita canseira. Parece que estamos vivendo em um deserto", desabafou.

A situação tem sobrecarregado o sistema de saúde local. De acordo com a médica Lusmila Alave Mamani, o Pronto-Socorro da cidade viu um aumento de 40% no uso de oxigênio, com metade dos atendimentos sendo relacionados a problemas respiratórios. "Infelizmente, pessoas de todas as idades, incluindo idosos, crianças e até indivíduos saudáveis, estão apresentando dificuldades respiratórias. Quando precisamos usar oxigênio suplementar, significa que estamos lidando com insuficiência respiratória, o que é uma emergência e pode levar a complicações graves, como a necessidade de intubação", alertou a médica.

 Dicas para se proteger do tempo seco

Para minimizar os efeitos do tempo seco, especialistas recomendam aumentar a ingestão de líquidos, usar umidificadores de ar, evitar exercícios físicos ao ar livre em horários de pico e buscar atendimento médico ao perceber sintomas de falta de ar, tontura ou cansaço extremo.

 



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